PATRIMÔNIO DE TODOS? A RELAÇÃO ENTRE O PROCESSO DE TOMBAMENTO E A PROPRIEDADE PRIVADA EM ICÓ- CE

ELIGEANI FERREIRA DE OLIVEIRA

Resumo


O presente trabalho tem como objetivo perceber, analisar o tombamento e as perspectivas dos moradores da cidade de Icó-CE, principalmente aqueles que diretamente estão mais próximo do centro Histórico através de suas moradias ou por desenvolver alguma atividade profissional na região.  Partindo do recorte temporal com início do tombamento da cidade no ano 1998, iremos considerar o sentimento desses habitantes nos dias atuais. Abordar de forma historiográfica para compreender como é ser um morador de uma cidade tombada. Pretendemos, neste sentido, identificar quais são as principais solicitações ou demandas desses residentes ao Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN), tendo como instrumento fundamental as fontes orais dos personagens envolvidos. Acreditamos que a análise dos depoimentos desses atores nos ajudará a entender a implantação dessa política pública na referida cidade. Apresentando uma história sobre o patrimônio material partindo do processo de tombamento nº 237 do Ministério da Cultura em 10 de julho de 1998, mas tento como protagonista personagem simples que através das suas narrativas vivenciadas pelo seu dia a dia iremos nos apropriar dos seus sentimentos e palavras para esclarecer algumas dúvidas referentes as tensões e conflitos impostos pelas normas fundadas a partir do processo de tombamento aos residentes dos imóveis. Enfim, neste trabalho deferentes de muitos já realizando em torno das narrativas do patrimônio e do processo de tombamento ele dará uma especial atenção e voz as pessoas simples que muitas vezes são negados pelo sistema o direito da fala em colocar tudo o que pensar e sente sobre terminando ponto. Aqui trataremos de duas linhas na categoria do patrimônio, o tangível quando nos remetemos ao tombamento e seus imóveis, e o intangível através das narrativas e sentimentos dos moradores, dentro do contexto público e privado representado pelo Iphan e os moradores da referida cidade.    


Última alteração
13/09/2017