ANÁLISES DAS TEMPERATURAS RETAIS E VAGINAIS DE VACAS GIROLANDO NO NORDESTE DO BRASIL

Moisés Saraiva Ribeiro de Souza, George Rodrigues de Freitas, Marcus Roberto Góes Ferreira Costa, Aírton Alencar de Araújo, José Valmir Feitosa, Antônio Nelson Lima da Costa

Resumo


O objetivo foi investigar o efeito da composição genética e turno sobre as temperaturas retal e vaginal de fêmeas bovinas criadas no semiárido nordestino, no período seco, através das análises das temperaturas retais e vaginais. O estudo foi realizado em propriedade rural no município de Barbalha – CE, com clima tropical semiárido. Foram utilizadas 40 fêmeas bovinas em lactação da raça Girolando (20 fêmeas ¾ Holandês ¼ Gir e 20 fêmeas 7/8 Holandês 1/8 Gir). Foram obtidos parâmetros climáticos de temperatura e umidade relativa do ar e parâmetros fisiológicos, temperatura retal e vaginal. As coletas foram no estábulo, a sombra, após as ordenhas da manhã (2 h) e da tarde (14 h), durante quatro meses da estação seca. As análises estatísticas foram realizadas pela ANOVA a 5% de probabilidade usando o “general linear model” (Proc GLM) do programa estatístico SAS, considerando efeitos genéticos de ambos os grupos de composição genética em dois turnos. O delineamento foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x2, utilizando-se o teste F de Fischer para mensurar as diferenças em relação aos parâmetros de temperatura retal e vaginal a 5% de probabilidade. As temperaturas médias do ar nos turnos manhã e tarde, no período seco, se mantiveram em torno de 23,8 e 38,2°C, respectivamente. As umidades relativas do ar médias do período seco no turno da manhã foram de 55,6% e, no turno da tarde, foram de 28,6%. A partir destas, obtivemos um Índice de temperatura e umidade médio para o turno da manhã no valor de 71,9 e, para o turno da tarde, de 81,5. Ambos os grupos de composição genética apresentaram suas médias de temperaturas retais e vaginais dentro da normalidade, em ambos os turnos. Os animais dos dois grupos raciais evidenciaram, baseados nos parâmetros fisiológicos de temperatura retal e vaginal, estarem bem adaptados às condições climáticas do clima semiárido ao qual estão submetidos, em ambos os turnos do período seco. A máxima temperatura vaginal, da mesma forma que a máxima temperatura retal para a composição genética 7/8 Holandês 1/8 Gir, no período da tarde, atingiram níveis acima da normalidade. Isto evidencia correlação moderada com 59,98% pelo coeficiente de correlação de Pearson, entre temperatura retal e vaginal. Pesquisas semelhantes devem ser continuadas, utilizando mais parâmetros fisiológicos, métodos menos invasivos, além de dados produtivos e reprodutivos para melhor embasar os resultados deste estudo.


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Apresentação
Última alteração
06/10/2017