AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA E MODULATÓRIA DE UMA LECTINA EXTRAÍDA DAS SEMENTES DE Canavalia brasiliensis MART. EX BENTH
Resumo
Diversas plantas substâncias com potencial antimicrobiano ou serem agentes capazes de modificar a ação antibiótica. Lectinas vegetais são capazes de inibir o desenvolvimento de fungos e bactérias, devido à ligação a carboidratos na superfície das células destes microrganismos. Este trabalho teve o objetivo de purificar a lectina de Canavalia brasiliensis, avaliar a atividade e antibacteriana e modulatória da lectina frente às cepas padrões e multirresistentes de S. aureus, E. coli e P. aeruginosa. A lectina foi extraída em NaCl 0,15 M 1:10 (p/v), sob agitação constante durante 4 h, sendo purificada em matriz de Sephadex G-50. Para atividade antibacteriana foi determinada a Concentração Inibitória Minima (MIC) e utilizado a concentração subinibitória (MIC/8) para avalição do efeito modulador de antibióticos. O teste de inibição da atividade hemaglutinante revelou que a lectina Conbr apresenta especificidade por D-Glicose. O valor da MIC foi ≥1024 µg/mL. Quando utilizada a lectina junto com a gentamicina frente a S. aureus, houve um antagomismo, mesmo resultado obtido quando associado ao imipenem. Frente a P. aeruginosa a modulação não apresentou resultados significantes. Para E. coli houve antagonismo quando foi utilizado juntamente a lectina e o antibiótico gentamicina. A lectina Conbr não apresentou efeito antibacteriano direto frente às espécies testadas. Assim, novos estudos tentarão mostrar como a lectina Conbr pode interagir com as estirpes testadas.