ANÁLISE DE CRISTALINIDADE DE PEIXES FÓSSEIS DA FORMAÇÃO IPUBI, BACIA DO ARARIPE, ATRAVÉS DE TÉCNICAS DE ESPECTROSCOPIA VIBRACIONAL

Ana Larissa Raynara da Silva Domingos, Bruno Tavares Oliveira Abagaro, Jéssica Nogueira Bezerra, Lara Nágela Lopes Cavalcante Barros, Taysa Siébra Ribeiro, João Hermínio da Silva

Resumo


A fossilização de um organismo é considerada um evento complexo e raro na natureza, isso porque, após sua morte, geralmente o organismo fica sujeito à atuação de processos biológicos (necrólise) e sedimentares (bioestratinomia), que podem propiciar sua decomposição, antes mesmos de estes serem soterrados. No entanto, se houver soterramento entram em cena outros processos de natureza física e química (diagênese), que podem modificar a composição química original dos restos orgânicos ou até causar sua total obliteração, não deixando qualquer sinal de sua existência. A sobrevivência a esses processos resulta na composição atual do fóssil. Portanto, o estudo da composição do material fossilífero pode fornecer importantes informações na determinação de quais foram os processos envolvidos na fossilização. A Formação Ipubi da Bacia do Araripe possui um registro paleontológico ainda pouco explorado. Os folhelhos laminados desta Formação apresentam coloração que variam desde a cor cinza, preto e verde. Desta forma, foram utilizados dois peixes fósseis Cladocyclus gardneri e Vinctifer comptoni para investigar o índice de cristalinidade (IC) através das técnicas de espectroscopia de infravermelho. O índice de cristalinidade é o grau de ordenamento de um cristal. Neste caso, as análises foram baseadas nas vibrações de flexões assimétricas do PO4. O referido estudo pode fornecer inúmeras informações sobre as modificações geoquímicas ocorridas durante a fossilização.


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Apresentação
Última alteração
09/10/2017