EFEITO DA TEMPERATURA NO CRESCIMENTO MICELIAL DE ISOLADOS DE MACROPHOMINA OBTIDOS DE FEIJÃO-CAUPI

Willians Fernandes Alcantara, Ilmar Lobo Mascarenhas, Kamila Câmara Correia

Resumo


Para o desenvolvimento de medidas de controle de um fitopatógeno é essencial conhecer as características genéticas, morfológicas e fisiológicas dos isolados. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da temperatura dos isolados de Macrophomina associados ao feijão-caupi no Cariri Cearense. Discos de micélio dos isolados com 10 dias de crescimento foram transferidos para placas de Petri contendo meio BDA e incubados em temperaturas de 15, 20, 25, 30, 35 e 40°C. Após 48h de incubação o crescimento micelial foi mensurado em duas medições perpendiculares. Foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado e três placas por tratamento. Nas temperaturas de 15 e 40 °C não houve crescimento micelial. Houve diferença significativa (P≤0,05) entre os isolados em relação à temperatura ótima para o crescimento micelial e aos crescimentos miceliais nas temperaturas ótimas. A temperatura ótima variou de 28,3 °C a 31,0 °C. O isolado CFC-352 apresentou o menor valor de temperatura ótima para o crescimento micelial.  Os crescimentos miceliais dos isolados nas temperaturas ótimas variaram de 52,8 mm a 85,0 mm. Os isolados CFC-227, CFC-280, CFC-354 e CFC-355 se destacaram, apresentando valores variando entre 82,8 mm e 85,0 mm. Os menores crescimentos foram de 52,8 mm e 53,3 mm, pelos isolados CFC-259 e CFC-295, respectivamente. Pela análise multivariada de agrupamento por UPGMA os isolados foram separados em quatro grupos quando considerado cerca de 50% da distância total verificada. Esses resultados confirmam a existência de variabilidade entre os isolados de Macrophomina quanto à temperatura ótima para o crescimento micelial.

 


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Apresentação
Última alteração
15/10/2017