APLICAÇÃO DE DIFERENTES ÓLEOS ESSENCIAIS NO CONTROLE DE LARVAS DE AEDES AEGYPTI L

Tainá Macêdo Santos, Cícera Allanne Rodrigues Plácido, Toshik Yarley da Silva, Hernandes Rufino dos Santos, Cláudia Araújo Marco

Resumo


O mosquito Aedes aegypti L é responsável pela disseminação de doenças como malária, filariose, dengue, febre amarela, chikungunya e zika, doenças estas que causam grandes males a população. O controle desse vetor e, principalmente, de suas larvas, tem sido um problema devido ao grande número de locais para multiplicação, tornando difícil a vigilância. O presente trabalho objetiva testar possibilidades que substituam ou minimizem o uso de inseticidas químicos e que sejam sustentáveis para os serviços públicos. A coleta dos ovos foi feita no município do Crato-CE através de armadilhas de ovoposição tipo ovitrampas. Os óleos essenciais foram extraídos de folhas e ramos de alfazema-brava [Hyptis suaveolens (L.) Poit.]; gonçalo-alves [Astronium fraxinifolium Schott]; mussambê [Cleome spinosa Jacq.] e velame [Croton heliotropiifolius Kunth] no Laboratório de Tecnologia de Produtos da Universidade Federal do Cariri, através da hidrodestilação em aparelho tipo Clevenger. Cada óleo essencial foi diluído para uma concentração de 100 ppm em água destilada com DMSO a 2% e em cada tratamento foram utilizadas dez larvas entre o terceiro e quarto instar. As larvas foram colocadas em copos de polietileno com 25 mL da solução. Após 24, 48 e 72h de exposição das larvas aos tratamentos, o número de larvas mortas foi registrado considerando-se mortas aquelas que não respondiam quando estimuladas com a pipeta de Pasteur. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, com 4 tratamentos e quatro repetições cada. Os dados foram analizados pelo Teste de tukey a 5% de probabilidade. Dentre as espécies avaliadas, H. suaveolens apresentou o melhor resultado (37,5% de mortalidade), seguidas de C. spinosa (20%), A. fraxinifolium (10%) e C. heliotropiifolius (5%). A espécie H. suaveolens também mostrou-se melhor nas primeiras 24h (22,5%). Com isso, conclui-se que as espécies medicinais avaliadas têm potencial para atuar como biolarvicidas, principalmente a espécie H. suaveolens.


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Apresentação
Última alteração
15/10/2017