CONCENTRAÇÃO LETAL DE EXTRATOS DE PLANTAS NATIVAS DA FLORESTA NACIONAL DO ARARIPE SOBRE LARVAS DO Aedes aegypti (DIPTERA: CULICIDAE)
Resumo
A busca por inseticidas vegetais tem sido estimulado e muito extratos vegetais já tiveram suas propriedades larvicidas identificadas ou seus constituintes químicos isolados para o controle desse vetor. O objetivo deste trabalho foi verificar qual a melhor Concentração Letal (CL) de plantas nativas da Floresta Nacional do Araripe - FLONA sobre larvas de 3º instar do Aedes aegyti em condições de Laboratório. Para isso, foram realizadas pesquisas no Laboratório de Entomologia Agrícola da UFCA, no Crato-CE, em condições controladas de temperatura, umidade relativa do ar e fotofase, em uma câmara climatizada do tipo B.O.D., durante o período de agosto de 2016 a maio de 2017. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, representado por quatro concentrações (0,31; 0,63; 0,93 e 1,25 mL/25mL de água), além da testemunha sem aplicação e piriproxifeno como inseticida químico, conduzidos com cinco repetições em cada concentração do extrato das plantas. A aplicação das concentrações dos extratos foi realizada apenas uma vez e 24, 48 e 72 horas após a infestação foi determinada os efeitos dos extratos sobre a mortalidade das larvas do mosquito. Das 16 espécies de plantas testadas, constatou-se que oito espécies causaram 90 % de mortalidade sobre o Aedes aegypti. Os CLs 10, 50 e 90 das folhas do louro cheiroso e laranjinha não foram significativos a 5% de probabilidade e os demais precisavam de uma concentração acima de 1 mL para causar 90% de mortalidade das larvas, sendo o do lacre e do cajuí os menos eficazes, pois era preciso aplicar 1,6 e 1,5 mL, respectivamente, para se obter 90 % de mortalidade das larvas. O mesmo ocorreu com a CL50, quando comparado com os demais extratos. Os melhores extratos com ação larvicida sobre A. aegypti são os das folhas do amargoso e pau’oleo, pois a sua CL90 é de 0,63mL/25mL de água.