SISTEMAS DE CONSÓRCIO NA REGIÃO DO CARIRI-CE: PRODUTIVIDADE DE MILHO CONSOCIADO COM FAVA

Nailson dos Santos Lopes, Francisco Edson da Silva, Antônio Alves Pinto, Laudeline Dantas Santana, Felipe Thomaz da Camara

Resumo


O milho, no Estado Ceará, sempre foi de grade importância para agricultura familiar, já que permite o cultivo em sistema de consórcio com outras culturas, como a fava. Neste sistema, ocorre melhor aproveitamento da área e dos recursos naturais, com aumento na renda e economia nos custos com mão de obra e insumos. Portanto, o objetivo deste artigo foi avaliar como os sistemas de consórcio interferem na produtividade de milho consorciado com fava. O experimento foi realizado no período de 10 de março a 10 de julho de 2017, em condições de sequeiro, na Universidade Federal do Cariri, no Centro de Ciências Agrárias e da biodiversidade, Crato-CE, em delineamento em blocos casualizados, com seis tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram compostos pelos sistemas de consórcio, sendo T1 – Uma semente de milho por cova a cada 25 cm e 2 de fava a cada 50 cm; T2 – 2 sementes de milho por cova a cada 25 cm e 2 de fava a cada 50 cm; T3 – 1 semente de milho e 2 de fava por cova a cada 50 cm; T4 – 2 sementes de milho e 2 de fava por cova a cada 50 cm; T5 – 1 semente de milho por cova a cada 25 cm e 3 de fava a cada 100 cm e T6 – 2 sementes de milho por cova a cada 50 cm e 3 de fava a cada 100 cm. O espaçamento entre fileiras foi de um metro para todos os tratamentos. A cultura recebeu apenas 195 mm de chuva, até 60 dias após a semeadura. Foram avaliadas a população final de milho, o comprimento, diâmetro e massa das espigas, e a produtividade. Os resultados demonstraram que a população de plantas final foi superior para T6, com 61.944 pl ha-1, diferindo apenas de T3, com 18.055 pl ha-1. Com relação ao diâmetro e comprimento das espigas, não teve efeito significativo, com T3 e T5 obtendo maior massa por espiga (28,3 g) e produtividade (73 kg ha-1). Conclui-se que os melhores sistemas foram o T3 e o T5, utilizando apenas uma semente por cova, e os baixos valores observados ocorreram em função da baixa precipitação atmosférica, que comprometeu o desenvolvimento do milho.


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Apresentação
Última alteração
06/10/2017