AMENDOIM BR1: QUALIDADE DOS GRÃOS EM FUNÇÃO DO USO DE IRRIGAÇÃO E DA ADUBAÇÃO NA SEMEADURA

Laudeline Dantas Santana, Antônio Alves Pinto, Nailson dos Santos Lopes, Francisco Edson da Silva, Felipe Thomaz da Camara

Resumo


O amendoim (Arachis hypogaea), está entre os grãos mais consumidos no pais, devido ao seu sabor e seus benefícios para a saúde, porém, há a preocupação com a qualidade do grão que está sendo consumido, principalmente devido à presença de aflatoxinas. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade dos grãos do amendoim quando implantado irrigado e em sequeiro, em função da adubação de semeadura. O experimento foi conduzido na Universidade Federal do Cariri, no Centro de Ciências Agrárias e da Biodiversidade, no Crato-CE, em Argissolo Vermelho Amarelo, de textura arenosa, com baixa fertilidade natural. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, em esquema de parcela subdividida, com quatro repetições. As parcelas foram os sistemas de cultivo (Sequeiro e Irrigação complementar) e as subparcelas as adubações de semeadura (0, 50, 100 e 150% da dose recomendada). A dose recomendada foi 50, 450 e 100 kg ha-1 de sulfato de amônio, superfosfato simples e cloreto de potássio, respectivamente. O amendoim avaliado foi o BR1, com ciclo de 90 dias. A semeadura foi em 10 de março e a colheita em 10 de junho de 2017. O volume de precipitação ocorrida foi de 195 mm, valor abaixo das exigências da cultura (500 a 700 mm). As variáveis avaliadas foram a massa de grãos comerciais e não comerciais, e a porcentagem de grãos ruins (g/g). Os grãos não comerciais foram considerados todos os grãos de má aparência. O uso de irrigação complementar aumentou a massa de grãos comerciais em 77,3% em relação ao sequeiro, com a porcentagem de grãos ruins, sendo de 10,2% para o uso de irrigação complementar, e de 29,9% para o cultivo em sequeiro. Com relação à adubação de semeadura, não foi observado diferenças significativas, com média de 86 grãos comerciais por metro e de 20,1% de grãos ruins. A irrigação complementar apresenta boa resposta na qualidade dos grãos, enquanto que a adubação não promove melhorias na qualidade dos grãos, em anos com baixa precipitação atmosférica.

 


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Apresentação
Última alteração
06/10/2017