O amendoim é uma oleaginosa muito consumida pelos brasileiros visto que pode ser servido de diferentes modos, com constantes pesquisas em prol de melhoras em sua produção, uma vez que tem alto valor de mercado. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade dos grãos do amendoim quando implantado irrigado e em sequeiro, em função do espaçamento entre plantas. O estudo foi realizado na Universidade Federal do Cariri, no Centro de Ciências Agrárias e da Biodiversidade, no Crato-CE, em solo classificado como Argissolo Vermelho Amarelo, de textura arenosa, com baixa fertilidade natural. Foi desenvolvido em delineamento em blocos casualizados, em esquema de parcela subdividida, com quatro repetições. As parcelas foram constituídas pelos sistemas de cultivo (Sequeiro e Irrigação complementar) e as subparcelas os espaçamentos entre as plantas (10 e 20 cm). O amendoim avaliado foi o BRS L7, desenvolvido pela Embrapa para a região nordeste, de ciclo curto (90 Dias). Foi semeado em 10 de março e colhido no dia 10 de junho de 2017. Neste período, o volume de precipitação foi de 195 mm, valor considerado baixo para a cultura. As variáveis analisadas foram os números de grãos comerciais, a massa de grãos comerciais e não comerciais, e a porcentagem de grãos ruins, com base em massa. Os grãos não comerciais foram considerados todos os grãos de má aparência. Os resultados evidenciaram que o uso de irrigação complementar aumentou a massa de grãos comerciais em 87,5% em relação ao sequeiro, com a porcentagem de grãos ruins, sendo de apenas 12,37% para o uso de irrigação complementar, e de 36,6% para o cultivo em sequeiro. Com relação aos espaçamentos entre as sementes, não foi observado diferenças significativas, com média de 74 grãos comerciais por metro e de 24,5% de grãos ruins. Para anos com baixas precipitações, a irrigação complementar apresenta boa resposta na qualidade dos grãos, enquanto que maiores espaçamentos entre plantas não apresentam melhora significativa.