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Neste artigo pretendemos investigar como autores do campo da gestão social fazem referência às obras de Jürgen Habermas e seu arcabouço conceitual. Para tanto realizamos uma pesquisa bibliográfica em artigos nacionais publicados em 53 periódicos. As análises foram operacionalizadas com base nas obras de Habermas citadas. Em todo o processo foi indicado limitações das leituras realizadas e possibilidades de ampliações teóricas e empíricas. Encontramos que apesar da influência de Habermas na concepção do conceito de gestão social para diversos autores do campo, seu amplo arcabouço teórico ainda é pouco abordado. Poucas obras suas são exploradas pelo campo da gestão social e uma gama de textos faz referência a ele por meio de leituras realizadas por outros autores; o que em termos hermenêuticos pode ser problemático. Há indícios de banalização de referências à Habermas, as quais são realizadas sem uma consideração contextual de suas obras e uma grande carência de referências a autores que realizam diálogos críticos (construtivos, reconstrutivos, desconstrutivos). Indicamos que as obras de Habermas podem contribuir com o desenvolvimento e consolidação do campo da gestão social, caso sejam exploradas para além de Mudança Estrutural da Esfera Pública e capítulos de Teoria do Agir Comunicativo considerando ainda as suas diversas e contraditórias interpretações. Argumentamos que existem possibilidades e limitações para o desenvolvimento do campo da gestão social, podendo Habermas ser ‘ponto de partida’ para, por meio de sua interpretação e crítica, explorarmos em meios às patologias sociais os potenciais emancipatórios da gestão.