Conferências.UFCA

Neste artigo se analisa o potencial dos signos distintivos territoriais como instrumentos de governança e desenvolvimento territorial. Estes signos se referem a recursos específicos relacionados com as atividades econômicas ou com o patrimônio do território, que têm que passar por processos de agregação de valor pelos atores territoriais públicos e privados. No caso dos distintivos territoriais são as empresas especializadas no setor que melhoram a qualidade do produto com a ajuda da administração pública, resultando bons exemplos de cooperação público-privada em favor do bem comum que é o território. A partir do estudo de distintas experiências de certificação levadas a cabo no Brasil e Espanha, se utiliza uma metodologia qualitativa de investigação que interpreta o desenvolvimento territorial por meio do exame das formas de governança e da relação das instituições com o tecido social e econômico, sem esquecer o nível de adaptação do marco legislativo, a complementaridade com outras dinâmicas territoriais e a conciliação com os valores ambientais e patrimoniais. Mesmo que os resultados alcancem certo grau de disparidade, se constata a importância das instituições na hora de valorizar e impulsionar a certificação territorial, com indicativos de que existe uma relativa cultura associativa no território e a crescente competitividade que estes signos distintivos estão conseguindo no contexto da globalização