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O fenômeno da economia solidária tem se fortalecido desde a década de 1980, e recentemente vem sendo adotada por governos locais no combate ao desemprego e proporcionando a construção de organizações autogestionáveis, baseadas na cooperação e na valorização dos conceitos de democracia, participação e cidadania. Para implantação destas políticas públicas, novas formas de organização social têm surgido e se desenvolvido, com particular destaque para as redes que envolvem o setor público, as universidades, a sociedade civil organizada e os próprios empreendimentos econômicos solidários. Assim, o objetivo deste trabalho foi identificar os atores da rede de cooperação para o desenvolvimento em economia solidária do município de São Carlos-SP, e comparar sua composição com o movimento nacional de economia solidária. A pesquisa, de caráter exploratório, teve como coleta de dados entrevistas semiestruturadas junto aos líderes de dez organizações participantes da rede. Os resultados obtidos apontam uma tendência do nível local em acompanhar a composição do movimento nacional da economia solidária, além de apontar uma rede bastante heterogênea no município. De maneira geral, conclui-se que a configuração em rede é uma forma bastante inovadora de tratar as questões sociais atuais, em específico a economia solidária, que é um fenômeno complexo e com diversos desafios.